terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

5ª, 6ª e 7ª Aparição de Nossa Senhora ao Mundo

5ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
O imperador Juliano, o Apóstata, em 363, havia decidido destruir a igreja onde São Basílio era bispo.Prometera fazê-lo logo que voltasse da guerra contra os persas. Nossa Senhora, então, apareceu ao santo para dizer-lhe que não temesse, pois ela haveria de protegê-lo. O imperador realmente não pôs em prática o seu intento porque foi morto na guerra, apenas três anos depois da posse como imperador.
Nossa senhora protegeu seu servo Basílio, grande bispo e teólogo daquele tempo.
Livro: Aparições de Nossa Senhora suas mensagens e milagres
Autor: Ernesto N. Roman






Santo Basílio (Magno)

Santo Basílio nasceu em Cesaréia da Turquia, antiga Capadócia, no ano 329. Pertencia a uma família de santos. Seu avô morreu mártir na perseguição romana. Sua avó era Santa Macrina e sua mãe, Santa Amélia. A irmã, cujo nome homenageia a avó, era religiosa e se tornou santa. Também, seus irmãos: São Pedro, bispo de Sebaste e São Gregório de Nissa, e seu melhor amigo São Gregório Nazianzeno, são honrados pela Igreja.

Basílio estudou em Atenas e Constantinopla. Mas, foi sua irmã Macrina que o levou para a vida religiosa. Ela havia fundado um mosteiro onde as religiosas progrediam muito em santidade. Basílio decidiu ir para o Egito aprender com os monges do deserto este modo de viver em solidão. Voltou, se consagrou monge e escreveu suas famosas "Constituições", a primeira Regra de vida espiritual destinada aos religiosos. Neste livro se basearam os mais famosos fundadores de comunidades ao redigir os Regulamentos de suas Congregações. Basílio foi eleito bispo de Cesaréia, e nesta época o representante do Império tentou fazer com que ele renegasse a Fé, mas ele não o fez. Mesmo tendo a saúde muito frágil, Basílio o enfrentou com um discurso tão eloqüente, que este representante desistiu de castigá-lo, percebendo sua admirável santidade e porque já era venerado pelo povo.

Por sua oratória maravilhosa, seus admiráveis escritos e suas inúmeras obras de assistência,
que fez em favor do povo, foi chamado "Basílio Magno". Era amado por cristãos, judeus e pagãos. Além de sua arrebatadora eloqüência, Basílio mantinha uma intensa atividade em favor dos pobres. Doava tudo o que ganhava à eles. Foi o primeiro bispo a fundar um hospital para aos carentes e depois criou asilos e orfanatos.

Muito culto e profundo conhecedor de teologia, filosofia e literatura, seus sermões são repletos de citações da Sagrada Escritura. Escreveu seus textos de maneira agradável, clara, profunda e convincente, dentre os quais, cerca de quatrocentas cartas de rara beleza e de proveitosa leitura para a alma.

Seu pensamento era: depois do amor à Deus, ajudar, e fazer os outros ajudarem, os pobres e marginalizados.Trabalhava e escrevia sem cessar, apesar da saúde débil. Sofrendo de hepatite, quase não podia se alimentar, a ponto de sua pele tocar os ossos.

Morreu em 1o. de janeiro de 379, com apenas quarenta e nove anos e foi sepultado no dia seguinte, seguido por uma multidão como nunca acontecera naquela região. Seu amigo de vida e de fé, São Gregório Nazianzeno, também comemorado nesta data; disse no dia do enterro: "Basílio santo, nasceu entre os santos. Basílio pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio, filho de mártires, sofreu como um mártir. Basílio pregou sempre; com seus lábios e com seus exemplos, e seguirá pregando sempre com seus escritos admiráveis".

A Igreja autorizou o seu culto, que foi mantido conforme a tradição, no dia 2 de janeiro, dia em que foi sepultado.




6ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
Em 455, em Constantinopla, na Turquia, um soldado, certo dia , conduzia um cego a passear, fora da cidade.Enquanto andava, ouviu uma voz que vinha do alto. Olhou e viu a Virgem Maria. Ela lhe predisse que se tornaria imperador e que o cego recuperaria a visão Nossa Senhora pediu-lhe também que construísse ali uma igreja em sua honra.
Como foi predito, o soldado se tornou imperador com o nome de Leão I (457-474), e o cego recuperou a vista. Leão I, logo que se tornou imperador, mandou construir uma grande igreja no lugar da aparição.
Livro: Aparições de Nossa Senhora suas mensagens e milagres
Autor: Ernesto N. Roman

Leão I, chamado o Grande (em latim, Imperator Caesar Flavius Valerius Leo Augustus), Imperador Romano do Oriente (401 - 474, reg. 457 - 474), foi o último de uma série de imperadores colocados no trono por Aspar, o alano que comandava o exército. Sua coroação em 7 de fevereiro de 457 foi a primeira de que se tem notícia com a participação do Patriarca de Constantinopla. De origem trácia, Leão ingressou no serviço militar e tornou-se tribuno, sob as ordens de Aspar, este um dos generais mais poderosos durante os reinados de Teodósio II e Marciano.
O imperador Leão I erigiu outros dois edifícios perto da igreja: o Hagion Lousma (banho sagrado), que encerrava a fonte santa e um parecclesion[nt 2] chamado Hagia Soros (santo relicário) devido a nele se encontrar o manto sagrado e a túnica da Virgem Maria, trazidos da Palestina em 473.[1][2]


Mapa de 1420 de Constantinopla pelo florentino Cristoforo Buondelmonti. O bairro de Blaquerna é visível à esquerda do centro, abaixo do Corno de Ouro, rodeado pelas muralhas em dois lados.
A importância alcançada pelo complexo encorajou os imperadores a alojarem-se nas proximidades e construirem ali o núcleo do que viria a tornar-se o Palácio de Blaquerna séculos mais tarde.[3] Durante o primeiro quartel do século VI, Justino I e Justiniano I restauraram e aumentaram a igreja.[2]
Santa Maria de Blaquerna guardava um famoso ícone da Virgem, cujo nome derivou do da igreja: Blachernitissa. Era pintado em madeira e cravejado de ouro e prata. O ícone e as relíquias da Virgem conservadas no parecclesion eram considerados os talismãs bizantinos mais poderosos, muito úteis durante as guerras ou em caso de desastres naturais. A primeira prova do poder desses objetos ocorreu em 626. Durante esse ano Constantinopla foi cercada pelos exércitos combinados de ávaros e persas sassânidas enquanto o imperador Heráclio estava ausente a combater os persas na Mesopotâmia. O filho de imperador, Constantino, juntamente com o patriarca Sérgio I e o patrício Bonus carregaram em procissão ao longo das muralhas o ícone da Blachernitissa. Algum tempo depois a frota dos ávaros foi destruída. O khan ávaro diria depois que tinha sido aterrorizado pela visão de uma jovem mulher adornada com jóias esquadrinhando as muralhas.[4]




7ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
Em 552, em Constantinopla, Nossa Senhora apareceu a um menino judeu que sofria muitos maus-tratos do pai. Ela o salvou da crueldade a que submetia o pai. O menino e a mãe, agradecidos por esta graça, se converteram, sendo batizados na igreja católica. Para Nossa Senhora, todos são importantes porque cada ser humano é seu filho. Por isso, ela sabe consolar os injustiçados e os que sofrem.
Livro: Aparições de Nossa Senhora suas mensagens e milagres
Autor: Ernesto N. Roman

domingo, 5 de fevereiro de 2012

São Vicente M. Stambri (01 de Janeiro)




São Vicente Maria Strambi, nasceu no dia 1 de janeiro de 1745, em Civitavechia, na Itália, onde seu pai era dono de uma farmácia. Estudou no seminário desde a infância. Aos quinze anos, venceu a resistência dos pais ingressando no noviciado da Ordem menor dos capuchinhos.

Foi ordenado sacerdote em 1767. Um ano depois o jovem sacerdote, ingressou na Congregação Passionista, que acabava de ser fundada. Foi discípulo perfeito do seu fundador, Paulo da Cruz. Professou a fé e recebeu o hábito dos passionistas em 1769.
Eminente diretor espiritual, excelente missionário e excepcional catequista, percorreu a Itália central proclamando com fervor e competência os tesouros que encontramos em Cristo, especialmente na Sua Paixão. Assistiu à morte do fundador e, como postulador da causa dos passionistas, escreveu a sua primeira biografia, obra fundamental para o conhecimento de São Paulo da Cruz. Foi Provincial da Apresentação e Consultor Geral.

A 5 de julho de 1801, Vicente Maria, que já era o consultor geral da congregação, foi nomeado bispo de Macerata e Tolentino. Nos movimentos revolucionários do seu tempo, foi intrépido defensor da liberdade da Igreja. Recusou prestar juramento de fidelidade a Napoleão Bonaparte, que invadira e usurpara os Estados Pontifícios. Em conseqüência, foi exilado para Novara e Milão, durante sete anos.

Em 1814, ano em que o imperador Napoleão foi deposto, ele regressou à sua sede episcopal, onde ficou por mais nove anos. Estando já idoso e enfraquecido, renunciou ao bispado em 1823. O papa Leão XII, acatou sua decisão, porém o chamou como seu conselheiro e diretor espiritual. Assim, sem esquecer as suas ocupações habituais, continuou a pregar missões, como tinha feito antes, em Roma.

Em primeiro de novembro deste mesmo ano, o papa Leão XII ficou gravemente doente. Ele ofereceu sua vida a Deus para que o Papa não morresse, rezando e fazendo penitência. Aos poucos ele se restabeleceu completamente, alguns meses depois, monsenhor Vicente Maria morreu, era o dia 1 de janeiro de 1824.

Foi canonizado em 1950. A comemoração de São Vicente Maria Strambi acontece no dia de sua morte, recebendo homenagens especiais em Macerata, onde os seus restos mortais descansam na igreja de São Felipe, desde 1957.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Segunda, terceira e quarta Aparição de Nossa Senhora ao mundo

São Gregório
As aparições da Virgem nos séculos
III a X


Segundo Gregório de Nissa, a Virgem Maria apareceu a São Gregório, o Taumaturgo no ano de 231 para esclarecer dúvidas a respeito de verdades da doutrina católica que estavam, provocando sérias controvérsias na Igreja da época, conforme leio no livro do padre Ernesto Roman.
Já no ano de 325, Nossa Senhora aparece duas vezes a Nicolau, bispo de Mira, na Turquia quando o anima a cumprir sua missão. Graças a esta aparição, Nicolau vai sustentar com firmeza, no Concilio de Nicéia, a divindade de Jesus Cristo, e segundo consta, vai batalhar por esta causa até o fim de sua vida.
No ano de 363, a Virgem Maria vai se revelar novamente aos mortais: consta que neste ano, em Roma, um casal rico, sem filhos resolve doar tudo que possuía à Ela. Eis que, na noite de 4 para 5 de agosto, Maria Santíssima apareceu a eles em sonho, e na mesma ocasião ao papa Libério, pedindo-lhes que se construíssem uma igreja no Esquilino, exatamente no local em que, no dia seguinte, eles encontrassem neve. Acontece que no dia 5 de agosto, em pleno verão, a neve caiu no local indicado previamente pela Virgem e neste lugar eles providenciaram a construção de uma igreja em honra da Virgem Maria hoje chamada de Santa Maria Maior. Foi desta aparição que surgiu o culto à Nossa Senhora das Neves, cuja festa é celebrada em 5 de agosto.
2ª Aparição São Gregório(Taumaturgo) no ano de 231;
3ª Aparição São Nicolau de Mira no ano de 325 na Turquia;
4ª Aparição Casal Rico sem filhos no ano de 363 na Roma (Nossa Senhora das Neves)
Gregório nasceu em Neocesareia, atual Niksar, a capital da província romana de Ponto, na Ásia Menor (atual Turquia) por volta de 213 dC. Entre os que construíram a igreja cristã, estenderam sua influência e fortaleceram suas instituições, os bispos da Ásia Menor ocupam uma posição de honra. E entre eles, Gregório de Neocesareia tem um lugar bastante proeminente. Pouco se sabe do seu trabalho pastoral, e os seus escritos teológicos que sobreviveram estão incompletos. Esta falta de conhecimento esconde parcialmente sua personalidade, à despeito de sua importância histórica e seu imemorial título Taumaturgo, "fazedor de maravilhas / milagres" em grego latinizado, lançam um aura lendária sobre ele. Apesar disso, a vida de poucos bispos do século III são tão bem autenticadas e as referências históricas a ele permitem uma reconstrução bastante detalhada de sua obra[2].
Originalmente, ele era conhecido como Teodoro ("presente de Deus"), um nome que não era exclusivamente cristão. Sua família não tinha se convertido ao Cristianismo e foi introduzido nela apenas aos 14 anos, após a morte de seu pai. Ele tinha um irmão, Atenodoro, e, aconselhados por um de seus tutores, os jovens ficaram ansiosos por estudar direito na escola de direito de Berytus (atual Beirute, no Líbano), uma das quatro ou cinco escolas famosas do mundo helênico daquela época. Nesta mesma época, o cunhado deles foi nomeado assessor (advogado) para o governador romano da Palestina. Os jovens, portanto, tiveram oportunidade de agir como acompanhantes para a irmã deles em lugares tão distantes quanto Cesareia Palestina. E assim que chegaram lá, eles aprenderam que o famoso estudioso Orígenes, reitor da famosa Escola Catequética de Alexandria, morava lá. A curiosidade os levou a ouvir e conversar com o mestre, cujo irresistível apelo terminou o serviço[carece de fontes?]. Logo, ambos esqueceram-se de Beirute e da lei romana, e se entregaram ao grande professor cristão, que gradualmente os converteu[2].
Em seu panegírico sobre Orígenes, Gregório descreve o método empregado pelo mestre para ganhar a confiança e a estima dos que ele desejava converter, como ele mesclava um candor persuasivo com arroubos de temperamento e argumentação teológica, colocados juntos e de forma inesperada. Talento de persuasão ao invés de racionalidade pura, uma evidente sinceridade e ardente convicção eram os métodos que Orígenes empregava para converter[2].
Gregório inicialmente estudou filosofia, adicionando teologia em seguida, mas sua mente permaneceu sempre inclinada para o estudo filosófico, tanto que durante sua juventude ele acalentava um forte desejo de demonstrar que a religião cristão era a única "boa filosofia". Por sete anos ele se submeteu à disciplina mental e moral de Orígenes (de 231 até 238 ou 239). Não há razão para acreditar que seus estudos foram interrompidos pelas perseguições de Maximino Trácio. Já a sua alegada viagem a Alexandria, neste período, pode ser considerada pelo menos duvidosa e provavelmente nunca ocorreu[2].
Antes de deixar a Palestina, Gregório proferiu na presença de Orígenes uma oração de despedida pública na qual ele dirigiu agradecimentos ao ilustre mestre que ele estava deixando. Esta oração é valiosa por diversos pontos de vista. Como um excercício de retórica, ela demonstra o excelente treinamento dado por Orígenes e sua habilidade em desenvolver gosto literário e senso da quantidade de adulação então permitidas ao se dirigir a uma pessoa viva num público composto majoritariamente por cristãos. Ela contém, além disso, muita informação útil sobre a juventude de Gregório e o método de ensino de seu mestre. Uma carta de Orígenes se refere à partida dos dois irmãos, mas não é fácil determinar se ela foi escrita antes ou depois da oração ter sido proferida. Nela, Orígenes exorta (talvez desnecessariamente) seus pupilos a trazer os tesouros intelectuais dos gregos para o serviço da filosofia cristã e, assim, imitar os judeus, que empregavam os vasos dourados dos egípcios para adorar o seu Santo dos santos[2].
Pode se supor que a despeito da desistência de Beirute e do estudo da lei romana, Gregório não desistiu inteiramente do objetivo de sua viagem para o leste. De fato, ele retornou para o Ponto com a intenção de estudar a lei. O plano dele, porém, foi novamente colocado de lado, pois ele foi logo consagrado bispo de sua Cesareia natal por Foedimus, bispo de Amasea e metropolita de Ponto. Este fato ilustra de forma interessante o crescimento da hierarquia na igreja primitiva, pois à comunidade cristã de Cesareia, então com 17 almas, foi dado um bispo. Antigos documentos canônicos indicam que era possível que comunidades com até mesmo 10 cristãos terem seu próprio bispo. Quando Gregório foi consagrado, ele já tinha 40 anos de idade e liderou sua comunidade por 13 anos[2].
Nada definitivo se sabe sobre seus métodos, mas ele deve ter mostrado muito zelo em aumentar seu pequeno rebanho, com o qual ele iniciou sua administração episcopal. Uma fonte antiga atesta este zelo missionário preservando uma curiosa coincidência: Quando Gregório iniciou seu trabalho, havia apenas 17 cristãos na cidade, quando morreu, havia apenas 17 pagãos em toda Neocesareia. Presumivelmente, os muitos milagres pelos quais ele ganhou sua fama de Taumaturgo foram realizados durante estes anos[2].
[editar] Historicidade de sua vida


Estela de Gregório na Basílica de Santa Sofia, em Istambul, que teria poderes milagrosos
Fontes sobre a vida, ensinamentos e ações de Gregório Taumaturgo são todas mais ou menos abertas à crítica. Além dos detalhes dados pelo próprio Gregório, existem quatro outras fontes de informação de acordo com Kötschau, todas derivadas da tradição oral. De fato, as diferenças entre elas forçam a conclusão de que elas não poderiam ser todas derivadas de alguma fonte escrita comum. São elas[2]:
• Vida e Panegírico de Gregório por São Gregório de Nissa (P.G., XLVI, col. 893 sqq.);
• Historia Miraculorum, por Tirânio Rufino;
• um relato em siríaco sobre os grandes atos do Abençoado Gregório (manuscrito do século VI dC);
• São Basílio, De Spirtu Sancto ("Sobre o Espírito Santo");
Baseado em tradições familiares e um conhecimento da região, o relato de Gregório de Nissa é mais confiável do ponto de vista histórico que as outras versões da vida de Taumaturgo. No tempo de Rufino (ca. 400 dC), a história original já estava se tornando confusa. O relato siríaco é por vezes obscuro e contraditório. Mesmo a vida de Gregório de Nissa exibe um elemento lendário, embora os fatos tenham sido passados pra ele por sua avó, Santa Macrina Maior. Ele relata que antes de sua consagração episcopal, Gregório se retirou de Neocesareia para a solidão e foi agraciado com uma visão da Virgem Maria e João Evangelista, e que este último ditou-lhe um credo ou uma fórmula para a fé cristã, do qual um autógrafo existia em Neocesareia quando a biografia estava sendo escrita. O credo em si é importante para a história da doutrina cristã[2]. Gregório de Nissa descreve longamente os milagres que deram fama ao bispo de Neocesareia o título de Taumaturgo, ainda que o elemento imaginativo esteja muito ativo. É claro, porém, que a influência de Gregório deve ter sido considerável e seu poder milagroso, indubitável. Poderia se esperar que o nome de Gregório aparecesse entre os que tomaram parte no Primeiro Concílio de Antioquia contra Paulo de Samósata[3]. Provavelmente ele tomou parte também no Segundo Concílio de Antioquia, também realizado ali e contra o mesmo heresiarca, pois a carta deste concílio foi assinada por um bispo chamado Teodoro, que era o nome original de Gregório[4]. Para atrair as pessoas para os festivais em honra aos mártires, Gregório organizava diversões profanas que poderiam ter apelo junto aos pagãos, que estavam acostumados com cerimônias religiosas que combinavam solenidade com prazer e alegria.
[editar] As obras de Gregório


Gregório Taumaturgo
• Oratio Panegyrica, em honra à Orígenes, descreve em detalhe os métodos pedagógicos do mestre. Gregório nos conta nesta obra[5] que, sob seu mestre, ele leu livros de muitos filósofos, sem restrições quanto à escola, exceto a ateísta. Desta leitura de antigos filósofos, ele aprendeu a insistir frequentemente na unidade de Deus, ainda mais por sua longa experiência com populações pagãs ou rudemente cristãs, que demonstrou a necessidade disto. Traços desta insistência podem ser vistos em Tractatus ad Theopompum, sobre a possibilidade ou impossibilidade de Deus. Esta obra parece pertencer à Gregório, embora o arranjo geral da composição lembre Metódio. Uma característica similar provavelmente poderia ser vista na obra perdida Dialogus cum Aeliano (Pros Ailianon dialexis), que conhecemos através de São Basílio. Ele frequentemente atesta a ortodoxia de Taumaturgo [6] e o defende contra os sabelianos, que alegavam ser dele as suas crenças e citavam como dele a seguinte fórmula: patera kai ouion epinoia men einai duo, hypostasei de en ("que o Pai e o Filho eram dois em inteligência, mas um em substância"), do já mencionado Dialogus cum Aeliano. São Basílio respondeu que Gregório estava argumentando contra um pagão e usou as palavras agonistikos e não dogmatikos, ou seja, no calor do combate e não numa exposição calma. Neste caso, ele insiste, corretamente, na unidade divina. Por fim, ele acrescentou ainda que a mesma explicação deve ser dada às palavras ktisma (criado) e poiema (feito) quando aplicadas ao Filho, em referência ao Cristo Encarnado. Basílio ainda afirma que o texto da obra está corrompido [2].
• "Epístolas Cânonicas", Epistole Kanonike[7] tem grande valor tanto para os historiadores quanto para os canonicistas como evidência da organização da Igreja da Cesareia e outras igrejas da região do Ponto sob a influência de Gregório, num tempo em que os godos invasores começavam a agravar uma situação que já era grave pelas perseguições imperiais [8].
• Declaração de Fé (Ekthesis tes pisteos)[9] é uma espécie de documento teológico. Ele deixa clara a ortodoxia de Gregório no assunto da Trindade. Sua autenticidade e data parecem estar definitivamente resolvidas, a data sendo acordada como entre 260-270 dC. Caspari mostrou que esta confissão de fé é um desenvolvimento das premissas deixadas por Orígenes. Sua conclusão não deixa dúvidas:
“ Não existe, portanto, nada criado, nada maior ou menor na Trindade, nada adicionado como se não existisse antes, mas nada era antes sem o Filho, nem o Filho sem o Espírito, e esta Trindade é imutável e inalterável para sempre.

São Nicolau de Mira, dito Taumaturgo, também conhecido como São Nicolau de Bari, é o santo padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega. É o patrono dos guardas noturnos na Armênia e dos coroinhas na cidade de Bari, na Itália, onde estariam sepultados seus restos.
É aceite que São Nicolau, bispo de Mira, seja proveniente de Patara, na Ásia Menor (Turquia), onde teria nascido na segunda metade do século III, e falecido no dia 6 de dezembro de 342.
Sob o império de Diocleciano, Nicolau foi encarcerado por recusar-se a negar sua fé em Jesus Cristo. Após a subida ao poder de Constantino, Nicolau volta a enfrentar oposição, desta vez da própria Igreja. Diante de um debate com outros líderes eclesiásticos, Nicolau levanta-se e esbofeteia um de seus antagonistas. Isso o impede de permanecer como um líder da Igreja. Nicolau, porém, não se dá por vencido e permanece atuante, prestando auxílio a crianças e outros necessitados.
A ele foram atribuídos vários milagres, sendo daí proveniente sua popularidade em toda a Europa e sua designação como protetor dos marinheiros e comerciantes, santo casamenteiro e, principalmente, amigo das crianças. De São Nicolau, bispo de Mira (Lícia) no século IV, temos um grande número de relatos e histórias, mas é difícil distinguir as autênticas das abundantes lendas que germinaram sobre este santo muito popular, cuja imagem foi tardiamente relacionada e transformada no ícone do Natal chamado de Papai Noel (português brasileiro) ou Pai Natal (português europeu) um velhinho corado de barba branca, trazendo nas costas um saco cheio de presentes. Inclusivamente que ainda é referido como Santa Claus ou St. Nicholas na maior parte dos países da língua anglófona.
É tido como acolhedor com os pobres e principalmente com as crianças carentes, o primeiro santo da igreja a se preocupar com a educação e a moral tanto das crianças como de suas mães.


Nicolau de Mira
Algumas Igrejas Ortodoxas, como a Igreja Ortodoxa Russa, lhe honram com a celebração litúrgica do último domingo do ano no calendário juliano. Os cristãos católicos e ortodoxos de ritos copta e bizantino lhe dedicam grande relevo e a celebração de sua vida pastoral tem grande destaque. O calendários romano e bizantino celebram o seu dia como sendo a 6 de dezembro.
Sua devoção difundiu-se na Europa quando as suas relíquias, roubadas de Mira por 62 soldados de Bari, e trazidas a salvo subtraindo-as aos invasores turcos, foram colocadas com grandes honras na catedral de Bari a 9 de maio de 1807. As relíquias eram precedidas pela fama do suposto "taumaturgo" ("fazedor de milagres") e pelas coloridas lendas que cercavam sua figura.
São as lendas que o cercam que proporcionaram e aumentam a sua fama.
É contado que teria conseguido converter hereges que querendo saquear a sua igreja, lá encontrando hóstias consagradas, e, ao tocá-las, elas viraram pão. A mais famosa destas lendas conta que uma família muito pobre não tinha como custear o "dote" para casar as suas filhas. O bispo Nicolau, a noite, jogou um saco de moedas de ouro e prata para ajudar a pagar o referido "dote".
A São Nicolau é atribuído o dom de ressuscitar crianças em sua região (Mira), hoje a localidade de Demre na Turquia. Muitas são as histórias sobre supostas aparições suas; a mais famosa foi no Natal de 1583, na Espanha, quando atendendo as orações de algumas senhoras, teria auxiliado para que nenhum pobre deixasse de receber o seu pão bento. Os pobres, ao serem perguntados sobre a quem lhes teria dado alimento em meio a um "tão pesado inverno", estes teriam dito que foram socorridos por "um senhor de feições muito serenas e mãos firmes".
São estas lendas religiosas e a sua iconização como Papai Noel que fazem Nicolau de Mira ser muito conhecido, mas são também a razão de não termos uma visão clara sobre a vida do mesmo.
São Nicolau é igualmente padroeiro dos estudantes. E nessa condição é cultuado em Guimarães, Portugal. Pelo menos desde 1664 (ano da construção da Capela de São Nicolau) que existem indícios da realização das festas em sua honra, pelos estudantes daquela cidade, também chamados de nicolinos. Estudantes que pouco mais tarde, em 1691, constituíram a Irmandade de São Nicolau, nessa data tendo aprovado os seus estatutos.
Em honra a São Nicolau, padroeiro dos estudantes, realizam-se em Guimarães as Festas Nicolinas, uma das mais antigas celebrações académicas do Mundo, que têm início no dia 29 de Novembro e têm como seu dia mais importante, precisamente o dia 6 de Dezembro (antigo dia dedicado a São Nicolau, por ser o dia do seu falecimento), em que se realizam as Maçãzinhas, número nicolino claramente inspirado na lenda de São Nicolau que salvou as filhas de um estalajadeiro[carece de fontes?].
O culto de São Nicolau é próprio dos países da Europa Central, conhecendo em Guimarães (Portugal), também a sua implantação na Península Ibérica.






Nossa Senhora das Neves
ou Santa Maria Maior
Depois da proclamação do dogma da Maternidade divina de Maria no Concílio de Éfeso (ano 431), o Papa Sixto III consagrou em Roma uma Basílica em honra da Virgem, chamada posteriormente Santa Maria Maior. É a mais antiga igreja dedicada a Nossa Senhora.

Santa Maria Maior é também invocada como Nossa Senhora das Neves, devido a uma antiga lenda segundo a qual um casal romano, que pedia à Virgem luzes para saber como empregar a sua fortuna, recebeu em sonhos a mensagem de que Santa Maria desejava que lhe fosse erigido um templo precisamente num lugar do monte Esquilino que aparecesse coberto de neve.

Nossa Senhora das Neves

Isto aconteceu na noite de 4 para 5 de agosto, em pleno verão: no dia seguinte, o terreno onde hoje se ergue a Basílica amanheceu inteiramente nevado.

A Basílica de Santa Maria Maior de Roma, a mais antiga igreja do Ocidente consagrada à Virgem Maria, onde se deram tantos acontecimentos relacionados com a história da Igreja; especialmente, relaciona-se com essa igreja a definição dogmática da Maternidade divina de Maria, proclamada pelo Concílio de Éfeso. O templo foi construído sob essa invocação no século IV, sobre outro já existente, pouco tempo depois de encerrado o Concílio. O povo da cidade de Éfeso celebrou com grande entusiasmo a declaração dogmática dessa verdade, na qual, aliás, acreditava desde sempre. Essa alegria estendeu-se por toda a Igreja, e foi então que se construiu em Roma a grandiosa Basílica. Esse júbilo chega-nos hoje através desta festa em que louvamos Maria como Mãe de Deus.


Igreja de Nossa Senhora das Neves em João Pessoa - Brasil Segundo uma piedosa lenda, certo patrício romano chamado João, de comum acordo com a sua esposa, resolveu dedicar os seus bens a honrar a Mãe de Deus, mas não sabia ao certo como fazê-lo. No meio da sua perplexidade, teve um sonho – como também o teve o Papa – pelo qual soube que a Virgem desejava que se construísse um templo em sua honra no monte Esquilino, que apareceu coberto de neve – coisa insólita – no dia 5 de agosto.


Embora a lenda seja posterior à edificação da Basílica, deu lugar a que a festa de hoje seja conhecida em muitos lugares como de Nossa Senhora das Neves e a que os alpinistas a tenham por Padroeira.

Em Roma, desde tempos imemoriais, o povo fiel honra a nossa Mãe nesse templo sob a invocação de Salus Populi Romani. Todos acorrem ali para pedir favores e graças, na certeza de estarem num lugar onde sempre são ouvidos. João Paulo II também visitou Nossa Senhora nesse templo romano, pouco depois de ter sido eleito Papa. "Maria – disse o Sumo Pontífice nessa ocasião – tem por missão levar todos os homens ao Redentor e dar testemunho dEle, mesmo sem palavras, apenas mediante o amor, com o qual manifesta a sua índole de mãe. É chamada a aproximar de Deus mesmo os que lhe opõem mais resistência, aqueles para quem é mais difícil crer no amor (...). É chamada a aproximar todos – quer dizer, cada um – do seu Filho". E aos seus pés fez a dedicação de toda a sua vida e de todos os seus anseios à Mãe de Deus, com palavras que nós podemos repetir, imitando-o filialmente: "Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in me omnia; sou todo teu, e todas as minhas coisas são tuas. Sê o meu guia em tudo" (João Paulo II, Homilia em Santa Maria Maior, 8-XII-1978). Com a proteção da Virgem, caminhamos bem seguros.

São Bernardo afirma que Santa Maria é para nós o aqueduto por onde nos chegam todas as graças de que necessitamos diariamente.

Devemos procurar constantemente o seu auxílio, "porque esta é a vontade do Senhor, que quis que recebêssemos tudo por Maria", especialmente quando nos sentimos mais fracos, nas dificuldades, nas tentações..., e tanto nas necessidades da alma como nas do corpo.

Abadia Santa Maria Maior em Ferentino - Itália

Basílica Santa Maria Maior em Roma - Itália No Calvário, junto do seu Filho, a maternidade espiritual de Maria atingiu o seu cume. Quando todos desertaram, a Virgem permaneceu junto à cruz de Jesus (Jo 19,25), em perfeita união com a vontade divina, sofrendo e padecendo com o seu Filho, corredimindo. "Deus não se serviu de Maria como de um instrumento meramente passivo.


Ela cooperou para a salvação humana com livre fé e obediência" (Lumen gentium, 56). Esta maternidade da Virgem perdura sem cessar, e agora, no Céu, "não abandonou esta missão salvífica, mas pela sua múltipla intercessão continua a obter-nos os dons da salvação eterna" (Lumen gentium, 62).

Temos de agradecer muito a Deus que tenha querido dar-nos uma Mãe a quem recorrer na Vida da graça; e que essa Mãe tenha sido a Sua própria Mãe. Maria é nossa Mãe não só porque nos ama como uma mãe ou porque faz as suas vezes; a sua maternidade espiritual é muito superior e mais efetiva que qualquer maternidade legal ou baseada no afeto. É Mãe porque realmente nos gerou na ordem sobrenatural. Se recebemos o poder de chegarmos a ser filhos de Deus, de participarmos da natureza divina (cfr. 2Pe 1,4), foi graças à ação redentora de Cristo, que nos tornou semelhantes a Ele. Mas esse influxo passa por Maria. E assim, do mesmo modo que Deus Pai tem um só Filho segundo a natureza, e inúmeros segundo a graça, por Maria, Mãe de Cristo, chegamos a ser filhos de Deus. Das mãos de Maria recebemos todo o alimento espiritual, a defesa contra os inimigos, o consolo no meio das aflições.

Para a nossa Mãe do Céu, "jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho para o Reino dos Céus, que será dado aos que se fazem crianças (cfr. Mt 19,14). De Nossa Senhora não devemos separar-nos nunca. Como a honraremos? Procurando a sua intimidade, falando-lhe, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no coração as cenas da sua vida na terra, contando-lhe as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos.

No Brasil, Nossa Senhora das Neves é padroeira da cidade de João Pessoa. A ermida da Ilha da Maré, no Recôncavo Baiano, fundada em 1584, é uma preciosidade da arquitetura colonial brasileira. A imagem da Padroeira, de madeira estofada, é em estilo maneirista. Nossa Senhora das Neves é também cultuada em Olinda e Igaraçu, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.